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“Por que não aparecemos de uma vez”

Christina Nunes, escritora convidada
Nota do editor: Este texto foi transmitido à autora por Kelfro

Há uma pergunta que reverbera para todo o lado do vosso mundo como um eco insistente. Tentarei respondê-la, ao menos para alguns, explicando algumas das razões pelas quais não aparecemos de uma vez. A vossa arte cinematográfica já fez coisas ilustrativas dessa questão, e a mediadora desta mensagem possui um vínculo antigo com determinado mundo extrafísico, voltado exclusivamente à oitava artística da criação, sendo-nos bastante propícia a transmissão desta mensagem, porque é de lá a nossa procedência.

Disse um personagem da película que ninguém levou a sério a história, menos os próprios extraterrenos. Ou seja, menos nós! O humor artístico é uma ferramenta poderosa de retransmissão de determinadas idéias, precisadas, com urgência, de penetração nas consciências desse mundo, à beira de um mergulho nas realidades mais vastas da vida. Com efeito, na arte da mesma película vem preciosa explicação: “A única forma de essa gente terrena continuar contente, é permanecendo sem saber da presença extraterrena”. Porque assim se acham no controle. Pensam que sabem de tudo, pelo menos daquilo que necessitam saber. E arremata o personagem, após seu amigo ver um ET: “Houve um tempo em que se pensava que a Terra era o centro do universo, e há meia hora atrás, você se acreditava sozinho nele. Que dirá das suas certezas daqui a 20 anos?”

As reações humanas de massa se assemelham muito às das vossas crianças, que com freqüência não sabem fazer diferente, perante o novo, senão chorar e emergir em temor. Vossa população mal tolera as diferenças entre os seus iguais. Lidam com dificuldade, com meras dessemelhanças entre seres que evoluem num mesmo mundo, espantam-se, irritam-se, oprimem, superestimam-se em detrimento dos demais. Uma raça se julga superior à outra por reações egoístas, que a eternidade implacável há de provar-vos, mais uma vez, representarem menos do que pó, na duração do infinito. Então, tendo em conta este perfil adverso, perguntamo-vos com qual utilidade nos apresentaríamos de uma vez, provindos de outras realidades do universo, se mal vos arranjastes, apenas entre vós, após o vasto período decorrido no vosso trajeto evolutivo, com a vossa multiplicidade de circunstâncias transbordando de apuros mal solucionados?

Atividades de bastidor

Assim como a película de que falamos, a vós ainda impressiona o espetáculo que ofusca e empolga, no nível da curiosidade e do mero entretenimento, mas que pouco conta, na hora da solução das vossas necessidades, de um trabalho de bastidor. Tal trabalho mantém-se imune às interferências indesejáveis de ataques dos vossos poderes estabelecidos, imune ao pânico irrefletido das massas e ao alvoroço inconveniente, incidindo com utilidade no momento crítico, quando urge estancar com precisão os efeitos tenebrosos, provocados pelas brechas graves que produzistes ao tratar o vosso mundo, comprometendo a qualidade da vida de toda a vossa população. Acaso não tendes a mínima noção das vossas próprias prioridades?

Acaso sois cegos para a cratera vertiginosa que se escancara aos vossos pés, e às vossas custas, e para a qual sois empurrados irrefreavelmente em decorrência da cegueira com a qual foram, por séculos, praticadas as incúrias contra a manutenção da vossa própria sobrevivência? Acaso sois cegos? Não são indícios suficientes para vós o que vem ocorrendo no organismo vivo da Terra, que reage às agressões do mesmo modo como o vosso próprio organismo reage ao vosso eventual desleixo para com a vossa própria saúde?! Ciclones, tempestades, furacões, tornados, maremotos, secas, incêndios; de soma com guerras, com a exaltação selvagem do ódio humano, desencadeado pelo contágio das energias densas e furiosas que assediam o íntimo dos seres em todos os cantos do planeta? Acaso não são indícios? Acaso sois cegos?

Se observardes atentamente a vossa arte cinematográfica, podereis alcançar algo do que pretendemos realizar nas nossas iniciativas. Aquilo a que nos propomos, a atividade de bastidor, neste momento, se faz de longe mais eficaz e mais importante do que qualquer confirmação espetaculosa, dessas que nos solicitam aqueles de vós que não compreendem direito a nossa função. Assim como na produção do filme, naquele produto final retumbante de efeitos e de conteúdo fascinante aos vossos sentidos, existe, por trás dele, todo um aglomerado de centenas de indivíduos para a sua consecução. Assim, também, para a arte final da fita da vida atingir os nobres e elevados fins, há de se interferir na ação de legiões incansáveis de obreiros, não só da vossa dimensão, para os quais a obra tem sido titânica, mas daqueles que de fora do alcance dos holofotes agem com arte nos bastidores dos vossos sentidos, no esforço de assegurar que o trabalho em prol da evolução da vida na Terra não tenha sido em vão.

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